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Agência Fitch eleva classificação de risco do Brasil
Mantega comemora a ação, mas teme que o aumento do rating estimule ainda mais a entrada de dólares no País
A agência Fitch Ratings elevou os ratings (classificações de risco de crédito) de Probabilidade de Inadimplência do Emissor (IDR, em inglês) do Brasil em moeda estrangeira de BBB- para BBB, o IDR em moeda local de BBB- para BBB, o teto país ("country ceiling") de BBB para BBB+ e o IDR de curto prazo de F3 para F2. A perspectiva para o rating foi revisada de positivo para estável.
A elevação dos ratings reflete a avaliação da agência de que a taxa de crescimento sustentável potencial da economia brasileira aumentou para entre 4% e 5%, sustentando a perspectiva fiscal de médio prazo e o contínuo fortalecimento de sua posição de liquidez externa, o que aumenta a capacidade de absorção de choques pelo País.
Além disso, a agência ressaltou os sinais de restrição fiscal dados pelo governo de Dilma Rousseff, o que, junto com as perspectivas de crescimento saudável, deve permitir a redução da dívida pública brasileira.“A trajetória de crescimento do Brasil no médio prazo deve permanecer relativamente robusta devido à dinâmica da demanda doméstica, que é impulsionada pela diversidade econômica do país, uma grande e crescente classe média e um ciclo de investimento positivo”, ressaltou Shelly Shetty, diretora sênior e chefe de análise de rating soberano na América Latina da Fitch Ratings.Brasil mais confiável, maior entrada de dólarRepercutindo a ação da Fitch, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a elevação do rating é um "reconhecimento de que a economia do País está cada vez mais sólida e confiável".Apesar da satisfação, Mantega reconheceu que a elevação da nota deve estimular ainda mais a entrada de dólares no País, o que no momento, é um problema. "Mas é melhor ter esse problema do que como era no passado, quando faltavam dólares", ponderou o ministro.A decisão da Fitch vem uma semana após outra grande agência de classificação, a Standard & Poor's, afirmar que, caso o Brasil não cumpra a meta de superávit primário deste ano, "pode haver rebaixamento" da perspectiva ou da nota de classificação de risco.Na ocasião, o ministro Mantega dissera que a S&P teria "que se explicar" caso houvesse um corte na nota brasileira. Segundo ele, o governo cumprirá "com certeza" a meta de superávit primário deste ano.Classificação de riscoA classificação de risco é observada de perto pelos investidores estrangeiros e reflete o risco que um país tem de não honrar o pagamento de suas dívidas. Dessa forma, quanto maior é o rating, menor é o risco de calote e, portanto, maior é a capacidade do país de atrair investimentos.Na notação de todas as agências, há um patamar que separa o investimento em "especulativo" (maior risco de calote) e "grau de investimento" (menor risco). Na classificação da Fitch, o primeiro nível de grau de investimento é a nota BBB-, que o Brasil já tinha desde 2008.O movimento desta segunda-feira coloca o Brasil no segundo nível da classificação de grau de investimento da Fitch. A agência havia elevado o País para o primeiro nível do grau de investimento em maio de 2008.Vale ressaltar que o País já possui grau de investimento das três maiores agências de classificação de risco do mundo, Fitch, Moody's e S&P.
Além disso, a agência ressaltou os sinais de restrição fiscal dados pelo governo de Dilma Rousseff, o que, junto com as perspectivas de crescimento saudável, deve permitir a redução da dívida pública brasileira.
“A trajetória de crescimento do Brasil no médio prazo deve permanecer relativamente robusta devido à dinâmica da demanda doméstica, que é impulsionada pela diversidade econômica do país, uma grande e crescente classe média e um ciclo de investimento positivo”, ressaltou Shelly Shetty, diretora sênior e chefe de análise de rating soberano na América Latina da Fitch Ratings.
Brasil mais confiável, maior entrada de dólar
Repercutindo a ação da Fitch, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a elevação do rating é um "reconhecimento de que a economia do País está cada vez mais sólida e confiável".
Apesar da satisfação, Mantega reconheceu que a elevação da nota deve estimular ainda mais a entrada de dólares no País, o que no momento, é um problema. "Mas é melhor ter esse problema do que como era no passado, quando faltavam dólares", ponderou o ministro.
A decisão da Fitch vem uma semana após outra grande agência de classificação, a Standard & Poor's, afirmar que, caso o Brasil não cumpra a meta de superávit primário deste ano, "pode haver rebaixamento" da perspectiva ou da nota de classificação de risco.
Na ocasião, o ministro Mantega dissera que a S&P teria "que se explicar" caso houvesse um corte na nota brasileira. Segundo ele, o governo cumprirá "com certeza" a meta de superávit primário deste ano.
Classificação de risco
A classificação de risco é observada de perto pelos investidores estrangeiros e reflete o risco que um país tem de não honrar o pagamento de suas dívidas. Dessa forma, quanto maior é o rating, menor é o risco de calote e, portanto, maior é a capacidade do país de atrair investimentos.
Na notação de todas as agências, há um patamar que separa o investimento em "especulativo" (maior risco de calote) e "grau de investimento" (menor risco). Na classificação da Fitch, o primeiro nível de grau de investimento é a nota BBB-, que o Brasil já tinha desde 2008.
O movimento desta segunda-feira coloca o Brasil no segundo nível da classificação de grau de investimento da Fitch. A agência havia elevado o País para o primeiro nível do grau de investimento em maio de 2008.
Vale ressaltar que o País já possui grau de investimento das três maiores agências de classificação de risco do mundo, Fitch, Moody's e S&P.
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