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segunda-feira, 4 de abril de 2011

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Brasil dobra PIB potencial para 4,5%, diz Fitch Ratings

Segunda agência a conceder grau de investimento ao Brasil diz que economia vive "caminho saudável e sustentável"

Segunda agência de classificação de risco a elevar o Brasil a grau de investimento, a Fitch Ratings projeta um horizonte positivo para a economia brasileira em 2011. Em relatório, a agência pontuou que a economia brasileira “está colhendo os benefícios de anos de uma sólida e consistente política macroeconômica”. Na avaliação da Fitch, o PIB potencial do Brasil praticamente dobrou desde a década de 1990, chegando a  4,5% em 2010, patamar de crescimento que deve ser confirmado ao longo deste ano. 
“A Fitch estima que o potencial de crescimento ficou em torno de 4% em 2008, substancialmente maior que a média de 2,3% de 1990. Após o revés temporário de investimento em 2009, a agência acredita que o crescimento potencial do Brasil é de cerca de 4,5%”, divulgou a Fitch. 

Na avaliação da agência, a economia brasileira deve fechar 2011 com crescimento próximo dos 4,5%. “A política monetária adequada do Banco Central, justamente com alguns ajustes fiscais, serão fundamentais para garantir que o crescimento continue em um caminho saudável e sustentável.”

A agência pontuou que o Brasil passou, na última década, por um período de estabilidade de preços, consolidação orçamentária e uma melhor composição da dívida. “Ao mesmo tempo, uma melhoria significativa das contas externas tem beneficiado o perfil de crédito do País.”

A Fith atribui a estabilidade econômica ao chamado tripé – metas de inflação, câmbio flutuante e regime de responsabilidade fiscal. 

“A melhora do ambiente interno, com crédito abundante e liquidez global, e os preços de commodities muito favoráveis ajudaram a deflagrar um clico de investimentos poderoso, mais notavelmente a partir de 2004”, disse o relatório. 

Produtividade
Nos cálculos da Fitch, o Brasil viveu um boom de ganho de produtividade a partir de 2003. O crescimento dos ganhos com produtividade entre 1991 e 2003 eram, na média, de 0,1%, e saltou para 1,6% entre 2004 e 2008. 

“As razões para esta mudança incluem o pagamento e o amadurecimento das reformas estruturais empreendidas na década de 1990, como a privatização de serviços públicos (telecomunicações e energia), que aumentou a eficiência, e a liberalização do comércio.”

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